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Lúpus: a doença autoimune mais comum entre mulheres

Atualmente, existem 80 doenças autoimunes conhecidas e o Lúpus é uma das mais graves e importantes, fazendo com que o sistema imunológico do paciente ataque o próprio corpo, por engano. 

Quer saber mais? Entenda porque esta condição é mais comum entre as mulheres, seus fatores de riscos, sintomas e como é realizado o devido diagnóstico.

Entenda o Lúpus

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema imunológico, como resultado, levando-o a atacar o próprio organismo.

O que ocorre é uma resposta imunológica exagerada, posto que são produzidos anticorpos que atacam as células e tecidos saudáveis por não conseguirem distinguir estas de organismos invasores.

O LES se manifesta de forma variada em cada indivíduo, apresentando períodos de atividade e remissões, ou seja, os sintomas aparecem, diminuem ou somem temporariamente. Também é uma condição que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, como pele, articulações, rins, coração, pulmões, cérebro e células sanguíneas.

Fatores de Risco

O Lúpus apresenta uma maior incidência entre as mulheres, sendo considerada a doença autoimune mais comum neste grupo. Estima-se uma prevalência em torno de 9 a 13 mulheres para cada homem afetado. 

A causa exata do LES ainda é desconhecida, mas estudos apontam que alguns fatores desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Saiba quais:

Predisposição genética – pessoas com familiares de primeiro grau afetados pelo Lúpus possuem um risco maior de desenvolver a doença. 

Fatores hormonais – o fato de ser mais comum em mulheres em idade fértil, sugere uma influência dos hormônios femininos, como os estrogênios, que apresentam um papel importante no desenvolvimento e na progressão do LES.

Exposição a fatores ambientais – a exposição à radiação ultravioleta (UV) é conhecida por desencadear erupções cutâneas e aumento/surgimento de sintomas do Lúpus

Interação de medicamentos –  contraceptivos orais, determinados antibióticos, medicamentos usados para controlar convulsões e para pressão alta, como a hidralazina e procainamida podem induzir a produção de autoanticorpos e contribuir para o desenvolvimento da doença.

Infecções – ter uma infecção pode iniciar lúpus ou causar uma recaída da doença em algumas pessoas, o que pode gerar um quadro leve ou grave, conforme cada situação.

Fator étinico – possui uma prevalência maior em pessoas de ascendência africana, hispânica e asiática.

Quais são os sintomas do Lúpus?

O Lúpus pode apresentar uma ampla gama de manifestações clínicas, essa variabilidade é inclusive responsável por tornar o seu diagnóstico desafiador, pois muitos dos sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições médicas. Confira os mais comuns:

  • Fadiga leve ou grave, afetando significativamente a qualidade de vida.
  • Erupções cutâneas e vermelhidão em diferentes partes do corpo, tornando-se mais proeminentes após a exposição ao sol.
  • Artrite, causando dor, inchaço e rigidez, principalmente nas articulações das mãos, pulsos e joelhos. 
  • Problemas Renais, causando inflamação (nefrite lúpica) e a função do órgão ao longo do tempo.
  • Problemas no coração, levando a complicações como arritmias e insuficiência cardíaca.
  • Inflamação nos pulmões, levando a sintomas como falta de ar, dor torácica e tosse.
  • Condições neurológicas, como dores de cabeça, alterações cognitivas, convulsões, neuropatias e distúrbios do humor.
  • Manifestações hematológicas, causando anemia, plaquetopenia (diminuição das plaquetas) e distúrbios da coagulação.

Exames laboratoriais para o diagnóstico do Lúpus

O diagnóstico para o Lúpus exige uma avaliação multidisciplinar, bem como, a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes.

Nesse contexto, os exames laboratoriais desempenham um papel fundamental na para uma investigação assertiva e monitoramento da doença autoimune. Esses exames ajudam a avaliar a presença de marcadores específicos, como autoanticorpos, além de fornecer informações sobre a atividade da doença e o envolvimento de órgãos específicos.

Hemograma completo

Alterações como leucócitos com valor menor que 4.000/mL, linfócitos com valor menor que 1.500/mL e a redução da quantidade de glóbulos vermelhos (hemácias) e número de plaquetas (em ao menos 2 exames de sangue realizados) são indícios que podem ser apresentados pelo hemograma. 

Exame de urina

Um grande indicativo da presença do lúpus é o excesso de proteína na urina.

Anticorpo Antinuclear (ANA)

Este é frequentemente o primeiro exame solicitado quando há suspeita de uma doença autoimune. Consiste em um marcador geral de autoimunidade e um resultado positivo para ANA indica a presença de autoanticorpos no sangue. 

Anticorpos Específicos do Lúpus

A presença dos seguintes anticorpos está fortemente associada à doença.

  • Anticorpos anti-DNA: autoanticorpos que atacam o material genético do próprio organismo.
  • Anticorpos anti-Sm: autoanticorpos direcionados contra uma proteína específica do núcleo celular chamada Sm. 
  • Anticorpos antifosfolípides: autoanticorpos que atacam os fosfolípidos, substâncias presentes nas membranas celulares. 

É importante ressaltar que o diagnóstico do Lúpus não é baseado em um único exame laboratorial, mas sim na avaliação clínica abrangente, incluindo os sintomas, os resultados dos exames e o histórico médico do paciente

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